Finalmente chegou o grande dia!
Foram tantas emoções que eu e o Douglas decidimos contar como foi o nascimento do Miguel na visão de cada um.
Bem..vamos a minha!
Estava com 39 semanas e meia de gestação e nada do neném dar sinal. Não tinha dilatação, o Miguel não tinha encaixado ainda e eu cada vez mais ansiosa. Fui á medica terça feira dia 16 e ela me pediu para retornar na sexta para ver se tínhamos novidade. Se nada tivesse mudado iríamos fazer a cesárea.
A quinta-feira pra mim foi um suplício. Tentei dormir bastante, fui para o salão fazer unha, dei a ultima conferida nas malas da maternidade, e fui dormir na casa do Douglas. Dormir não, rolar de um lado para o outro na cama e ainda por cima com o Luís Rodolpho deitando em cima da gente.
Na consulta sexta fui rezando para a Dra. Não pedir para esperar mais um pouco. Quando finalmente ela falou que teríamos fazer a cesárea, meu sorriso não coube dentro do rosto, pois finalmente estava chegando a hora de ver a carinha do meu filho. Ela iria marcar o hospital e me ligava para falar o horário de encontrarmos La. Para minha infelicidade o hospital estava cheio e não teve como fazer o parto na sexta, então marcamos para sábado as 8 da manha, ou seja, maaaais uma noite de ansiedade.
Sábado as 5 da manhã estávamos todos de pé pois eu tinha que estar no hospital as 6 e meia. Levantei, me maquiei todinha, arrumei o cabelo, afinal, eu tinha que estar bem linda para receber meu filhote. Estava tentando ficar bem calma, mas tinha medo de tudo pois nunca tinha feito nenhuma cirurgia. Para me controlar eu ia pensando que a cada minuto que passava era um a menos que faltava para ver o rostinho do Miguel. A equipe do hospital foi maravilhosa com a gente, as enfermeiras do meu lado o tempo todo, conversando com o maior carinho, me tranqüilizando. Eis que chega o anestesista (que todo mundo falava que doía demais), quando olho para o camarada, ele era a CARA do Miguel do Biquini Cavadão. Fiquei tão entretida pensando nas semelhanças dos dois que nem senti a anestesia.
Chegou a Dra. Aparecida dando aquele bom dia animado, e foi a hora mais tranqüilizante de toda a minha espera. Chegou também outra enfermeira se apresentando falando que era responsável pelos primeiros cuidados do meu bebe e que eu podia ficar sossegada que ela iria cuidar muito bem dele.
Entrou o Douglas com uma câmera em cada mão, e nessa hora mal sabia eu que já estava toda aberta. Não sentia absolutamente nada, nenhum tranco, sacudida, mexida, muito menos dor. Um clima super descontraído na sala de parto, todo mundo conversando, quando de repente escuto assim ‘’olha Roberta, tá nascendo’’. Olhei par a o lado o Douglas estava se desmanchando em lagrimas, as enfermeiras sorrindo e um tempo depois ouvi o som mais lindo d aminha vida, o chorinho do Miguel! Aquele chorinho rouco, lindo, mais parecia uma música.
O Douglas chorava muito e ninguém levava o neném para eu ver. Eis que chega a enfermeira com ele no colo e coloca o rostinho dele coladinho no meu. Ai meu Deus, como ele é lindo! Boca perfeita, queixinho furado, nariz arrebitadinho... foi só encostar ele em mim que parou de chorar. Ele parou e eu abri o berreiro, como era bom poder ver a carinha do meu filhote, ver que ele era perfeito e lindo de morrer.
Douglas não me largou nenhum minutinho. Aliás, ele não tem me largado hora nenhuma, é uma benção ter ele como pai do meu filho e companheiro da vida.
Passado um tempinho levaram meu lindo para eu amamenta-lo pela primeira vez. Foi difícil, ele muito sem jeito e eu mais ainda, mas com o tempo eu sabia que nos entederiamos.
Subimos para o quarto chegaram as visitas. Muitas nesses dois dias de internação. Tio Zoréi, a Bisavó Lulucha, o Dinho Carlos Cesar com a Tia Michele, Tia Teca, Tio Jorge, Léo, Henrique, Bruna, Mivla, Mariele, Pabl, Fabiola, Maria Tereza e a família buscapé que não saiu um minuto, papai, mamãe, Renata, Fernando e tia Letícia.
Douglas dormiu as duas noite comigo, numa cadeirinha miserenta e o Miguel dando show a noite inteira. Ele, um paizão deixando eu dormir e andando com o neném de um lado pro outro com o neném.
Minha recuperação foi maravilhosa, não tive dor nenhuma, levantei tranqüila para tomar banho, foi tudo perfeito. Não conheci a dor do parto e nem quero.
Chegamos em casa na segunda e tudo ficou melhor. Estamos colocando ritimo no neném, Ele é calminho, tem dificuldade ainda para mamar mas a cada dia estamos melhorando.
Aqui em casa já veio a Mariana, Tio Alexandre, Tia Telma, Tio Célio e a Mariana amiga da Renata.
Estamos todos apaixonados, aprendendo um com o outro a cada dia que passa. Ele me encanta a cada movimento. Ele é a tradução da perfeição, é a única coisa que importa para gente agora, é como me falaram um dia, meu coração batendo fora do corpo!
